Farm é acusada de lucrar com morte de Kathlen Romeu após divulgar desconto
Loja pediu desculpas após milhares de críticas nas redes sociais.
A morte de Kathlen Romeu, 24 anos, após uma bala perdida no Rio de Janeiro, deixou os brasileiros desolados nesta quarta-feira (09).
O assunto é o mais comentado nas redes sociais e anônimos e famosos têm usado as redes para protestar contra o acontecimento.
Em meio a tudo isso, a loja Farm, local onde Kathlen era vendedora, se envolveu em uma enorme polêmica e foi acusada de racismo e de estar querendo lucrar em cima da morte da jovem.
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Como forma de “homenagem”, a Farm anunciou através das suas redes sociais que a comissão das vendas que tivessem o cupom “Kathlen” seria direcionada à família da jovem.
“Toda venda feita no código de Kathlen terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela“, dizia o post, que já foi apagado.
Rapidamente, o anúncio da empresa viralizou na internet e virou alvo de críticas. “O que a Farm está fazendo disfarçado de ato de bondade é um absurdo. É lucrar com a morte de gente preta“, escreveu a jornalista Jéssica Batan, no Twitter.
O assunto virou pauta nas redes sociais e milhares de pessoas passaram a criticar o posicionamento da empresa. Com tantas crítica, a Farm se retratou e pediu desculpas no Instagram.
“A Farm vem a público se desculpar pela ação que envolveu o uso do código de vendedora de Kathlen Romeu nesse momento tão difícil. Com vocês, entendemos a gravidade do que representou esse ato, por isso, retiramos o código E957 do ar. Continuaremos dando o apoio e suporte à família, como fizemos desde o primeiro momento em que recebemos a notícia”, diz o post.
Já a postagem que anunciava o cupom de desconto, foi editada.
“Estamos disponibilizando suporte psicológico e emocional a todos os que necessitem através do nosso gente & gestão”.
“Sabemos que nada que fizermos poderá trazer Kath de volta mas nos comprometemos a acelerar ainda mais nossos processos de inclusão e equidade racial para transformar as cruéis estatísticas que levam vidas jovens negras como a de Kath a cada 23 minutos no nosso país. As vidas de Kath e seu bebê importam.”
ASSASSINATO
Kathlen Romeu, mulher negra de 24 anos que estava grávida de 14 semanas, foi morta após ter sido baleada pela PM na Zona Norte do Rio de Janeiro nesta terça-feira (8).
Kathlen Romeu estava saindo de sua casa, no Complexo do Lins, comunidade na Zona Norte do Rio de Janeiro, quando foi atingida por uma bala perdida.
De acordo com a polícia, no momento do tiro, acontecia um confronto entre policiais militares e bandidos da região. No entanto, moradores do local disseram que não se tratava de um confronto.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o assassinato e busca identificar de onde partiu o tiro que matou a jovem.