Filha de Carol Bittencourt conta como lida com a morte da mãe
Modelo morreu em abril de 2019 após cair de uma lancha durante um passeio em Ilha Bela, no litoral norte de São Paulo.
Isabelle Bittencourt, de 19 anos, filha da modelo Carol Bittencourt, desabafou sobre a morte da mãe em um vídeo publicado em suas redes sociais.
A jovem falou sobre como lidou e lida com o luto após a morte precoce da mãe. Carol faleceu em abril de 2019, aos 37 anos, após cair de uma lancha e se afogar durante um passeio em Ilha Bela, no litoral norte de São Paulo.
No vídeo publicado em seu Instagram, Isabelle contou que passou por diversas fases do luto e procurou ajuda profissional e espiritual para lidar com a perda.
“Uma das perguntas que mais recebo no Instagram é sobre como superei e como consegui seguir adiante. Acho muito importante que pessoas que passam por situações parecidas consigam ter relatos de outras pessoas. Então, decidi dar o meu relato”, começou Isabelle.
Isabelle contou que, no começo, quis apoiar todos que estavam ao seu redor, esquecendo de si mesma: “Minha avó que estava mal, meu avô e meu padrasto. Eu queria abraçar todas essas pessoas e trazer para perto”, disse, “tomei o papel de quem cuida e não de quem é cuidada. Naquele momento, eu precisava ser cuidada.”
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Em seguida, a jovem contou que viveu uma fase de “rebeldia”. “Virei a típica adolescente rebelde. Deixei de acreditar em tudo. A primeira coisa que questionei e deixei de acreditar foi Deus. Para mim, não era possível Deus ter deixado aquilo acontecer comigo. Para mim, isso [a morte] era uma forma de me castigar e castigar a minha mãe. Eu achava muito injusto”.
Isa contou que após a morte da mãe, passou a não ver sentido em nada: “Eu não entendia porque nós tínhamos que ter relações interpessoais. Não entendia por que eu tinha que conviver com a minha família e amigos. Por que eu tinha que ir para a faculdade, escola e trabalhar? Qual o objetivo disso tudo?”, continuou.
Segundo ela, um conselho de seu pai foi fundamental para ela mudar a perspectiva como encarava o acontecimento. “Foi aí que meu pai [Giba Ruiz Vieira] falou uma frase, que levo até hoje, e isso me deu o gatilho de procurar ajuda. Ele falou: ‘Você não precisa acreditar em Deus, em Alá ou nesses nomes que as religiões dão. Mas você precisa ter fé. Se você tiver fé de que existe uma força maior, tudo vai fazer sentido’. Quando meu pai falou isso, (…) de que eu tinha que ter fé e acreditar em força maior, passei a falar: ‘Tenho que me cuidar’. Fui atrás de psicólogos, psiquiatras e, na sequência, uma ajuda espiritual“, disse.
Ela disse que com a ajuda psicológica e espiritual conseguiu se encontrar e enxergar a morte da mãe de forma diferente. “Ela estava em outro plano. Um plano onde as pessoas evoluídas estavam, ou seja, aquilo não tinha sido um castigo. Tinha sido uma coisa boa, porque ela já tinha vivido tudo aqui neste mundo.”
“Ela viveu tudo que tinha para viver. Ela viajou, casou, o que era o sonho dela, teve uma filha e muito sucesso. Ela teve uma carreira linda, por mais que estivesse acabando a faculdade. Creio que tudo isso são fatores que mostram que ela terminou a missão dela aqui”, refletiu.
“Diariamente tento me lembrar dela. Trago a presença dela para que [tudo] fique mais leve e para que ela continue presente comigo. Não tentei esquecer o que aconteceu ou me esquecer dela para tentar superar. Trouxe ela para perto de mim”, encerrou.
Confira o relato completo de Isabelle Bittencourt: