Gilberto Gil é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

Eleito com 21 votos, cantor é o segundo negro a ter uma vaga na academia atualmente.

gilberto gil

Com 21 votos, Gilberto Gil foi eleito como imortal da Academia Brasileira de Letras na tarde desta quinta-feira (11). O cantor vai ocupar a cadeira de número 20 da ABL e será o segundo artista negro a ter uma vaga na academia atualmente. O outro imortal é o escritor e professor Domício Proença Filho, que foi presidente da academia em 2016 e 2017.

Como é proibido que os candidatos participem da sessão, Gilberto Gil acompanhou tudo de casa, mas assim que saiu o resultado, usou suas redes sociais para celebrar a nomeação.

“Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha”, disse, no Twitter.

Gilberto Gil foi escolhido como novo ocupante da cadeira após ela ficar vaga com a morte do jornalista Murilo Melo Filho, em 27 de maio de 2020. 

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Na votação, o cantor baiano superou o poeta Salgado Maranhão (7 votos) e o escritor Ricardo Daunt (nenhum voto). Já ocuparam a cadeira 20 Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares.

Participaram da eleição 34 acadêmicos de forma presencial ou virtual — um não votou por motivo de saúde. Foram 4 votos em branco e 2 nulos.

Gil deve assumir o posto em março de 2022, quando o órgão volta do recesso de fim de ano.

O CANTOR

Além de cantor, Gilberto Gil é compositor, multi-instrumentista e produtor musical. Entre 1998 e 2019, ele recebeu 9 prêmios Grammys pelo seu trabalho na música brasileira. Em 1999, foi nomeado “Artista pela Paz”, pela Unesco.

Entre suas músicas mais conhecidas estão “Aquele Abraço”, “Vamos Fugir”, “A Novidade”, “Cálice”, “Esotérico”, “Divino Maravilhoso”. Gil possui mais 60 álbuns e quase 4 milhões de cópias vendidas.

Em 2001, ele foi nomeado embaixador da ONU para agricultura e alimentação. Ele também foi ministro da Cultura do Brasil, entre 2003 e 2008, durante dois mandatos do ex-presidente Lula.

OS IMORTAIS

A Academia Brasileira de Letras possui quarenta integrantes efetivos e perpétuos (isto é, que são seus membros até a morte). Eles são chamados de imortais.

Cada uma das quarenta cadeiras da ABL tem um patrono, homenageando personalidades que marcaram a literatura e a cultura brasileiras.

Os acadêmicos são escolhidos por eleição em votação secreta. Quando um deles morre, a cadeira é declarada vaga na Sessão de Saudade. Os interessados em se tornar imortais têm um mês para se candidatar. A eleição acontece três meses após a declaração da vaga.

Com informações de G1 e ABL

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