Flor de Cactus rompe hiato de 38 anos e lança novo disco
Com o apoio cultural da editora Cepe “Brincando com o tempo” será lançado com 16 canções mantendo arranjos e letras originais. |
Criada no início dos anos 1970, Flor de Cactus, é uma banda recifense que em 2019 rompe jejum de quase 40 anos para lançar um trabalho primoroso.
Intitulado Brincando com o tempo, o CD traz composições de nomes conhecidos como Lenine e Zeh Rocha.
Desde 1973, quando foi formada por três amigos a banda já teve várias configurações, no início o objetivo imediato era tocar no Festival de Música do Colégio de Aplicação do Recife.
Logo nas primeiras canções ficava evidente a influência da cultura popular pernambucana na identidade deles.
Em 1979, gravaram um compacto simples, já com novos integrantes, além dos três primeiros. Em 1980, o grupo foi extinto, quando os integrantes resolveram se dedicar a projetos pessoais.
Após 25 anos, em 2004, conseguiram se reunir e gravar Brincando com o tempo. Em 2015 outras alterações foram feitas e em 2018 o disco finalmente ficou pronto, marcando a retomada da Flor de Cactus.
As 16 canções do novo disco mantiveram arranjos e letras originais, inclusive de músicos que não estão mais no projeto. É clarafamiliaridade com a ciranda, o maracatu e o coco de roda, as músicas apresentam percussão marcada, flautas e baixo elétrico.
As letras exaltam a beleza do ordinário da vida no Recife, falam das ruas e das pessoas, passam também pelo folclore e história da cidade. Trazem narrativas como do Bumba Meu Boi de Afogados, Mateus e Bastião, a viagem do conde holandês ao Recife, elementos característicos das feiras de rua.
Com o apoio cultural da editora Cepe “Brincando com o tempo” é um trabalho dedicado à memória do percussionista Sérgio Campello (1955 – 2016).
Cuja homenagem vem justificada no encarte: “Por sua inconfundível personalidade musical e inventividade, que marcaram significativamente a identidade sonora do Flor de Cactus”. Referência amparada pela amizade, marca registrada da banda.