Instrumental Sesc Brasil recebe Quarteto Pizindim; saiba detalhes

Com nome inspirado em Pixinguinha, quarteto faz show e fala sobre a sua trajetória e a tradição de mais de 90 anos do choro na zona leste.

No próximo domingo (5), a partir das 21h, o Quarteto Pizindim conta no programa Passagem de Som sobre a origem do grupo, que é da zona leste de São Paulo, e surgiu tocando música instrumental fora dos bairros mais centrais da cidade sob influências do samba e forró. Depois, no Instrumental Sesc Brasil, o grupo se apresenta com um repertório de música popular brasileira e choro.

Foto: Divulgação.

Com uma pegada autoral, o quarteto se consolidou ao vencer pela primeira vez um Festival em São João da Boa Vista, em São Paulo, disputando entre nomes como Duo Assad. Em seus dois últimos álbuns, músicas de composição própria que homenageiam compositores como Luizinho 7 Cordas e Zé Barbeiro. O primeiro, de nome “Memorando”, começou a ser produzido em 2014, e foi retomado para o lançamento em 2021. Já o “O Som que vem do Leste”, foi gravado em 2016.

“Com esse álbum a gente quer mostrar que existe choro na Zona Leste, afinal, essa cena continua muito elitista e está concentrada no centro de São Paulo”, diz o violonista Edmilson Capelupi.

O cavaquinista Emerson Bernardes e o violinista Rodrigo Carneiro contam que, em 2017, a banda se formou por meio de autênticas confraternizações entre os músicos e apreciadores. “A gente se reunia no Itaim Paulista, toda segunda-feira, numa quadra de escola de samba. Aos olhos da população, um lugar pouco provável para se ouvir choro. E essas rodas eram frequentadas por muita gente que era da região central”, relata Rodrigo. “Cada um partia de um lado, se encontrava e no término da roda a gente fazia uma comida maneira, um caldo, era gostoso, foi um tempo bom”, completa Emerson.

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O nome do grupo é uma homenagem a Pixinguinha, considerado o Patrono do choro, que era chamado de Pizindim por sua avó quando criança. Os músicos também trazem em suas referências o samba de Zeca Pagodinho, Roberto Ribeiro e Bezerra da Silva, que dão o sotaque com o acento de choro e samba.

Os músicos relatam que a Vila Ré, bairro da Zona Leste, é reduto do choro desde os anos 30, mas que antigamente não se aprendia a tocar em escolas, mas sim com alguém mais experiente nas rodas.“A Zona Leste não é como o centro, Pinheiros e a Vila Madalena onde existem vários espaços que tocam esse gênero, na leste a roda de choro acontece na quadra que é sede de um time de futebol, no quintal da avó, de um primo. A música instrumental que eu vivi foi assim”, enfatiza o percussionista Claudinho Martins.

SERVIÇO:

  • Passagem de Som | Instrumental SescTV
  • Quarteto Pizindim
  • Estreia: 5/3, domingo, a partir das 21h
  • Classificação indicativa: Livre
  • Produção: Canal Independente
  • Direção Geral: Max Alvim
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