‘Marighella’, de Wagner Moura, estreia no Globoplay

Filme deixa os cinemas para ser exclusivo da plataforma.

Após uma estreia atrasada e bombástica nos cinemas do Brasil, “Marighella”, filme dirigido por Wagner Moura, chega ao Globoplay, somente para os assinantes da plataforma de streaming da Globo.

marighella

No filme, Seu Jorge interpreta o escritor Carlos Marighella, nome da resistência na ditadura militar. Adriana Esteves e Humberto Carrão também estão no elenco. Confira o trailer:

O filme que foi exibido e aplaudido no Festival de Berlim de 2019, traz a história dos últimos anos de vida de Carlos Marighella, que lutou frente a movimentos sociais durante o período da ditadura militar.

Na trilha sonora, logo no inicio do filme, foi utilizada a música “Monólogo ao Pé do Ouvido”, da banda pernambucana de rock Nação Zumbi.

Na letra de Chico Science, são invocados Lampião, Antônio Conselheiro e Zapata, importantes símbolos de luta na história do Brasil.

O filme enfrentou muita censura no Brasil e quase não pôde ser lançado. Recentemente, Wagner Moura falou sobre os problemas que enfrentou no lançamento ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura.

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Moura começou a entrevista falando como está se sentindo com o lançamento do filme após tanta censura e impedimentos da Ancine.

“Tá tudo misturado, porque esse alívio e essa alegria de estar lançando o filme aqui, finalmente, ela é reforçada pelo período que estivemos impossibilitados de lançar o filme”, disse.

“É um filme feito para o Brasil e não é somente um filme sobre os que resistiram a ditadura militar nos anos 60 e 70, mas também é sobre os resistem hoje no Brasil”, completou.

“As pessoas olharem pro filme e dizer ‘Nós queremos que esse filme aconteça, queremos que esse filme estreie, a luta de Marighella é a nossa luta nesse momento’, isso para mim tá sendo muito bom, estou muito feliz”, disse Wagner.

Sobre o que ‘Marighella’ representa, ele disse: “Esse filme é contra o Brasil de 2021, e é esse o filme, Marighella agora é esse. Eu fiz um filme que homenageia, Canudos, Palmares, Malês, as revoltas populares que que houve no Brasil, tantas e que foram contadas sob o ponto de vista do dominador”.

“A história de Marighella e da luta armada é a mesma e de quem está lutando hoje no Brasil, é, esperamos que não seja a mesma né, mas que essa gente se identifique com o meu file agora é a melhor coisa que eu poderia esperar”, disse.

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