Entenda o transtorno que serviu de inspiração para o filme ‘Run’
Longa estrelado por Sarah Paulson e Kiera Allen chegou à Netflix na última semana e já está no Top 10 da plataforma. [Contém Spoiler!]
“Run” é o mais novo filme de suspense a estrear na Netflix. Lançado no último fim de semana, o longa está entre as produções mais assistidas da plataforma de streaming.
Com a talentosa Sarah Paulson e a novata Kiera Allen como protagonistas, “Run” conta a história de Diane, mulher que teve uma filha prematura que nasceu com diversas doenças. Por isso, ela cria a menina em total isolamento, sem contato externo nenhum até a sua adolescência.
Como passar do tempo, a filha Chloe começa a desconfiar dos tratamentos que realiza a mando da mãe e tenta desvendar os segredos de Diane.
Embora a história do filme seja fictícia, parte dos acontecimentos foram inspirados em histórias reais. “Run” se inspira em vários casos reais de Síndrome de Munchausen por Procuração, também conhecida como “transtorno factício imposto a outro”.
Trata-se da falsificação ou produção de sintomas de um transtorno físico ou psicológico em outra pessoa. Normalmente, isso é feito por cuidadores (geralmente pais) a alguém de quem cuidam.
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A doença mental foi descrita originalmente em 1977 pelo pediatra Roy Meadow como uma espécie de abuso infantil – no qual cuidadores provocam de forma deliberada ou informam falsamente a existência de alguma doença em crianças, como forma de chamarem atenção para si mesmos.
CASO REAL
Em nenhum momento o diretor de “Run”, Aneesh Chaganty revelou ter se inspirado em algum caso específico para criar as cenas do filme. No entanto, muitos telespectadores lembraram do caso de Gypsy Rose Blachard e sua mãe abusiva Dee Dee, que acabou assassinada pela própria filha.
O que parecia ser uma relação harmoniosa entre mãe e filha acabou se transformando em uma verdadeira história de filme de terror ilustrada por todos os noticiários dos Estados Unidos.
Blanchard dizia a todos que a filha sofria com distrofia muscular, epilepsia, asma severa e tantos outros problemas que colocavam sua saúde em risco desde criança.
Por conta disso, Dee Dee acabou desenvolvendo um relacionamento superprotetor com a filha, que não podia sair de casa. Porém, tudo começou a mudar quando Gypsy, aos 18 anos, descobriu que sua mãe havia adulterado todos os laudos médicos e mentia para ela sobre seu estado de saúde durante toda a sua vida.
Foi então que a garota se rebelou e decidiu tramar o assassinato de Dee Dee junto ao seu namorado Nicholas Godejohn, um rapaz de 24 anos o qual ela havia conhecido através de um site de relacionamentos cristão e se comunicava diariamente há dois anos.
Após uma análise aprofundada do caso, os médicos suspeitam que Dee Dee sofria da síndrome de Münchausen por procuração, fazendo com que ela fingisse sintomas físicos e psicológicos para angariar simpatia. Os advogados também suspeitam que Gypsy tenha sido dopada com tranquilizantes por boa parte de sua vida.
O caso inspirou a série “The Act“, exibida pela Hulu e disponível no Amazon Prime Video. A produção rendeu o Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante para Patricia Arquette, a intérprete de Dee Dee.
Com informações de Mega Curioso