Demi Lovato lança documentário revelador sobre seu vício em drogas

Série documental ‘Demi Lovato: Dancing with the Devil’ estreia na próxima terça (23). Nela, a cantora fala sobre relação com drogas e overdose de 2018.

No documentário “Demi Lovato: Dancing with the Devil”, que estreou no SXSW Film Festival na última terça-feira (16), os telespectadores poderão ter uma visão profunda do que realmente aconteceu antes, durante e depois da overdose de Demi em 2018.

Bulimia

Na série, Lovato, de 28 anos, fala sobre como lida com a bulimia e o quanto se sentia controlada no que se referia ao que comia: “Minha autoestima foi muito prejudicada com aqueles concursos de beleza”, diz ela, revelando que havia feito um pacto consigo mesma de que, se não ganhasse, “não comerei de novo”.

O documentário apresenta pessoas-chave na vida da estrela pop, incluindo Jordan Jackson, seu assistente pessoal, que fez a ligação para o 911 do dia da sua overdose. “Houve momentos em que eu tive que passar a noite com ela porque ela comia apenas um biscoito”, diz Jackson no filme. “Houve momentos em que eu senti que ela estava infeliz.”

Ela também revela que passou anos comendo bolos de melancia em seu aniversário Durante sua 28ª comemoração, seus amigos – e sua nova equipe de gestão – comemoraram comendo três bolos de verdade.

“Sempre que você suprimir uma parte de si mesmo, ela irá transbordar em algum ponto. Isso é o que acabou acontecendo comigo em muitas áreas da minha vida, e foi o que certamente levou à minha overdose”, diz ela.

Drogas e overdose

“Dancing with the Devil” mostra o momento em que Lovato comemora seis anos de sobriedade no palco com Kehlani e DJ Khaled durante sua última turnê.

Não muito depois, ela decidiu beber novamente. “Peguei uma garrafa de vinho tinto naquela noite e não demorou nem 30 minutos para ligar para alguém que tinha drogas”, diz ela na série.

“Estou surpresa por não ter uma overdose naquela noite. Acabei em uma festa e encontrei meu antigo traficante de drogas de seis anos antes”, acrescenta ela. “Naquela noite eu usei drogas que nunca tinha usado antes.”

Naquela noite, ela revela que misturou metanfetamina, molly, erva daninha, álcool e oxicontin. “Só isso deveria ter me matado”, diz ela. E apenas duas semanas depois, Lovato conheceu a heroína e o crack.

“Havia tantas bandeiras vermelhas”, diz sua amiga Sirah Mitchell no filme, contando uma noite em que pegou Lovato no alto de seu banheiro. “Ela desaparece e todos estão olhando para mim e eu a encontro no banheiro e ela tem papel alumínio e está fumando alguma coisa e eu vou até ela e a agarro e digo ‘O que diabos você está fazendo, mano? Isso não é.'” “Ela nem percebeu que eu estava lá. Fiquei horrorizada e arrasada”, acrescenta.

Lovato também admite que manteve o uso de drogas “muito escondido” de todos. “Eu era realmente boa em esconder que era viciada em crack e heroína”, diz ela.

Depois de comemorar o aniversário de uma amiga, Lovato disse que iria dormir por volta das 5h30, mas “a realidade é que chamei um dos meus traficantes”, conta.

VIU ISSO?

—> Demi Lovato e Sam Fischer lançam parceria

—> Emma Stone viraliza na web após aparecer como Cruella de Vil

—> Netflix disponibiliza todos os filmes da saga ‘Crepúsculo’

Na manhã seguinte, seu assistente Jackson abriu a porta e descobriu que “ela não estava acordando ou respondendo”. “Houve um ponto em que ela ficou azul. Todo o seu corpo ficou azul. Eu fiquei tipo, ela está morta com certeza”, disse Jackson. “Foi a coisa mais louca que eu já vi.”

Na série, seu neurologista Dr. Shouri Lahiri revela que seus níveis de oxigênio estavam “perigosamente baixos e com tendência de queda” e que os primeiros locais a serem afetados em seu corpo foram a parte de trás de seu cérebro e sua visão. Ela também fez diálise para limpar seu sangue. “Foi como um filme de terror”, diz a mãe de Lovato, Dianna De La Garza.

“Tive três derrames. Tive um ataque cardíaco. Sofri danos cerebrais com os derrames. Não consigo mais dirigir. Tenho pontos cegos na minha visão. Eu também tive pneumonia por asfixia e falência de múltiplos órgãos.”, conta a cantora. “Tenho muita sorte de estar viva”, disse ela, antes de revelar que tinha “5 a 10 minutos” ou então “não estaria aqui hoje”.

A irmã mais nova de Lovato, Madison De La Garza, relata o momento em que visitou sua irmã e agarrou sua mão, dizendo “Estou aqui e te amo”. Naquele momento, Lovato não reconheceu seu irmão mais novo. “Ela me olhou bem nos olhos e disse ‘Quem é aquele?’”, diz Madi no documentário. “Isso é algo que você nunca quer ouvir sua irmã dizer.”

Abuso sexual

Em um dos momentos do documentário, Demi Lovato cai no choro ao revelar que foi abusada sexualmente na noite em que teve a overdose.

Em um segmento devastador, a estrela diz que seu traficante “se aproveitou” dela e a “violou” depois de deixá-la drogada com heroína misturada com fentanil.

“Quando eles me encontraram, eu estava nua, azul. Fui literalmente deixada para morrer depois que ele se aproveitou de mim”, diz ela. “Fui literalmente descartada e abandonada.”

Aquela noite a trouxe de volta à época em que perdeu a virgindade em um estupro aos 15 anos.: “Quando eu era adolescente, passei por uma situação muito semelhante. Perdi minha virgindade no estupro”, diz ela. “Liguei para aquela pessoa um mês depois e tentei consertar as coisas por estar no controle. Tudo o que fiz foi me sentir pior.”

Sobriedade

Lovato é sincera ao compartilhar que não está completamente sóbria: “Aprendi que fechar uma porta às coisas me dá vontade de abri-la ainda mais. Aprendi que não funciona para mim dizer ‘Nunca vou fazer isso de novo’”, diz ela.

A cantora revelou que ainda bebe e fuma maconha com moderação, mas insiste que cortou completamente as drogas pesadas. “Dizer a mim mesma que nunca poderei beber ou fumar maconha está me levando ao fracasso porque sou uma pensadora”, diz ela, antes de enfatizar que seu método de recuperação não é “tamanho único” solução serve para todos. “

“Demi Lovato: Dancing with the Devil” estreia em 23 de março no YouTube. Confira o trailer a seguir:

Com informações de People